A COOPERAR, juntamente com a coordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Rio de Janeiro – MST iniciaram discussão a respeito da criação de unidades agroindustriais em Assentamentos do Rio de Janeiro.
A ideia
nasce de uma articulação nacional dos representantes dos Trabalhadores Sem
Terra e do Instituto Nacional de Colonização Agrícola – INCRA. Vários estados
brasileiros conquistaram esse direito de construir unidades agroindustriais. O
Rio de Janeiro entra na lista de prioridades por já possuir um programa nacional
de Assessoria Técnica, Social e Ambiental – ATES (uma das exigências acordadas
para receber o projeto).
Hoje, as agroindústrias são
uma necessidade urgente nos Assentamentos. Elas são usadas como mais uma forma
de agregação de valor aos seus produtos. Muita das vezes, as famílias encontram
dificuldades em comercializar os produtos na forma in natura, ou então, esses produtos fogem às características aceitas
pelo mercado, mesmo estando com suas propriedades organolépticas conservadas.
Agroindústria em construção no PA Ilha Grande em Campos dos Goytacazes-RJ |
Assim, ao
invés de perder seus produtos, as famílias poderão processa-los, o qual
agregará mais valor e, também ajuda a aumentar o tempo de conservação desses
produtos, estendendo assim a sua vida útil.
O primeiro
passo desse projeto será a contratação de dois profissionais que farão estudos
de mercado e da disponibilidade de oferta de produtos dos assentamentos. Esse estudo é
fundamental para se saber qual atividade é mais viável economicamente e
socialmente. Esse estudo é que apontará quais agroindústrias serão construídas no
Rio de Janeiro e em quais localidades.
O projeto
não tem data para iniciar, mas a expectativa é de que ele se inicie o quanto
antes. A greve dos servidores federais do INCRA paralisou as conversas que já
estavam adiantadas. Segundo a coordenação do MST, a mudança da presidência nacional
do INCRA também contribui para essa paralisação.
A COOPERAR
irá acompanhar todo esse processo de negociação com o INCRA nacional e com a
Superintendência Regional do Rio de Janeiro. Acreditamos que essa iniciativa é
importante para o fortalecimento dos Assentamentos, bem como para o avanço efetivo das politicas públicas que objetivam alavancar o processo de Reforma Agrária no Brasil.
Leopoldo
Coutinho
Engenheiro
Agrônomo
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