segunda-feira, 10 de setembro de 2012

ENCONTRO UNITÁRIO



Nos dias 20, 21 e 22 de agosto, em Brasília (DF), aconteceu “ II Encontro Unitário dos Trabalhadores, Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas”, 50 anos após o “I Encontro Unitário”.
Abertura do encontro
            Diversas entidades marcaram presença, como APIB (Associação dos Povos Indígenas do Brasil), CÁRITAS, CIMI (Conselho Indigenista Missionário), CPT (Comissão Pastoral da Terra), CONTAG (Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura Familiar), FETRAF (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar), MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), MCP (Movimento Camponês Popular), MMC (Movimento de Mulheres Camponesas), MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e CONAQ (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas).
            Com intuito de dialogar e unificar a luta dos grupos sociais do campo, os espaços foram ricos em debates e geradores de opinião, onde o centro foi a atual realidade do campo brasileiro, ficando claro o grande avanço do capitalismo, seja pelo agronegócio, pelas usinas hidrelétricas, pelas transnacionais e demais mega empreendimentos, que  ameaçam as populações locais e ignoram os riscos ambientais, sociais e culturais.
            Algumas políticas públicas foram cobradas com mais vigor, como assistência técnica mais eficiente e voltada para a agroecologia; sistemas de créditos acessíveis para os pequenos produtores e populações; educação do campo e no campo; rigor no controle dos desmatamentos, em especial na região Amazônica; direitos para resgate e acesso à terras para as populações quilombolas, indígenas e sem terras; garantia da segurança alimentar através de alimentos saudáveis e sem agrotóxicos.
Ato final
            Os jovens do o campo se fizeram presentes e superam as expectativas na Plenária da Juventude do Campo, mostrando o potencial da continuidade da luta.
            O Painel de Agroecologia foi rico em troca de experiências entre os diversos produtores do país, mostrando o potencial da agroecologia em oferecer alimentos saudáveis, preservando o equilíbrio da natureza e os solos, aumentando a expectativa de vida dos camponeses, contribuindo para o resgate do conhecimento empírico e cultural,  mantendo bancos de sementes crioulas, contrapondo o sistema de produção capitalista que detém a maior concentração de terras e produz, numericamente, menos do que a agricultura familiar, e ocupando menos de mão de obra, que é incentivado pelas políticas públicas.
            Outros temas abordados no encontro foram em relação ao direito e defesa da terra, do território, da água e luta pela reforma agrária; educação do campo e políticas públicas para a agricultura familiar e camponesa e soberania energética, além de espaços de cultura, como teatro, apresentações, místicas e músicas.
            O encerramento do evento foi marcado com um manifestação que teve fim na Esplanada dos Ministérios, com cerca de 10 mil participantes

                                                                 David L. M. Wigg – Técnico em Agroindústria

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